Vejo o homem cambaleando,
ridiculamente sublime,
sem consciência do que faz,
sem sofrimento pelo que é.
Eu também cambaleio
pendendo para o lado,
cambaio para o esquecimento,
sentindo o mundo como ele é
ou talvez como poderia ter sido,
quiçá como gostária que fosse.
Imerso nos sentidos e sensações
sequer ouso pensar em algo,
receoso de afugentar essa alegria
etílica e artificial, é verdade,
mas muito mais espontânea que
essa carapça de sombra e sarcasmo.
Evito pensar na vida, pensar em algo,
pois a felicidade é a aptidão natural
de quem não pensa nem se preocupa.
Tento guardar meu rebanho de idéias negras
minha floresta de de sonhos inconjuntos.
Fracasso. E escrevo esse poema.
S.P., Novembro de 2006
sábado, 6 de outubro de 2007
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